sexta-feira, 8 de maio de 2009

Uma conversão Exemplar

Posted on/at 13:10 by Pr. Carlos Jones

TEXTO: II Crônicas 33.9-16.
INTRODUÇÃO:

Lendo as histórias bíblicas parece saltar diante dos nossos olhos uma realidade habitual, que vivemos em um mundo em constantes mudanças, e este texto bíblico é uma prova disto. Notemos: “Ezequias descansou com os seus antepassados e foi sepultado na colina onde estão os túmulos dos descendentes de Davi. Todo o Judá e o povo de Jerusalém prestaram-lhe homenagens por ocasião da sua morte. E seu filho Manassés foi o seu sucessor”. (II Cr 32.33). “Manassés tinha doze anos de idade quando começou a reinar, e reinou cinqüenta e cinco anos em Jerusalém. 2 Ele fez o que o SENHOR reprova, imitando as práticas detestáveis das nações que o SENHOR havia expulsado de diante dos israelitas”. (v. 1-2). Durante o reinado do rei Ezequias o povo desfrutou de alegria e paz, mas com o seu filho Manassés, se multiplicaram os problemas e angústias. Houve a mudança de um tempo de consolo para outro em que se devia exercitar a paciência. De muito bom passou para ruim. O pai buscou a Deus, e o bem estar do povo, mas o filho fez tudo ao contrário. Quando deveria estar sob o governo dos mais experientes, os mais velhos ficaram sob o seu governo: “Manassés tinha doze anos de idade quando começou a reinar”.

I. A APOSTASIA DO REI MANASSÉS.
Sua extrema maldade. Em nossa sociedade temos conhecimento de homens que nasceram em lugares onde impera a maldade e acabam se tornando pessoas perversas. Mas quando alguém é de uma boa família, família temente a Deus e se torna uma pessoa má; ficamos perplexos. Este foi o caso de Manassés, veja quem foi o seu pai: “Foi isso que Ezequias fez em todo o reino de Judá. Ele fez o que era bom e certo, e em tudo foi fiel diante do SENHOR, do seu Deus”. (I Crônicas 31.20). “Ezequias confiava no SENHOR, o Deus de Israel. Nunca houve ninguém como ele entre todos os reis de Judá, nem antes nem depois dele”. (II Reis 18.5). Manassés cresceu em um lar piedoso, de amor a Deus, mas agora a sua conduta o levou a um outro extremo, de grande bondade à exagerada maldade. E como se isso fosse pouco começou muito jovem e viveu muitos anos: “Manassés tinha doze anos de idade quando começou a reinar, e reinou cinqüenta e cinco anos em Jerusalém”. (v. 1). Reinou mais do que o seu pai que era um temente a Deus, e muito mais que a maioria dos reis de Israel. Dele podia se dizer qualquer coisa, menos que tinha o favor do Senhor.
Não é novidade que alguns homens maus acabam vivendo mais tempo que os bons. A razão disto é que seria muito melhor ser chamado para o céu, que continuar aqui na terra padecendo aflições. Para os crentes em Cristo partir e estar com o Senhor é melhor que continuar aqui no mundo. Nós crentes sempre dizemos: “Tenho desejo de partir, e estar com Cristo”. Os ímpios vivem muitos anos para sua desvantagem, por causa da sua incredulidade estão reservados para o fogo do inferno. “A madeira velha e seca queima melhor”. Os malvados só podem se alegrar neste mundo, no entanto os crentes em Cristo se alegrarão aqui e lá no céu. Nunca tenha inveja dos ímpios, pois ainda que pareça uma maravilha a maneira como vivem, a verdade é que estão apenas acumulando carvão para avivar o fogo do inferno que lhes está preparado.
O agravamento. Um ensino deste texto é que a graça de Deus não deve ser medida pelo brilho de seus meios, mas pelo poder de uma vida transformada. Manassés, que fora educado em um lar piedoso, de ensinamento bíblico sólido, sob a direção de fiéis profetas e sacerdotes, freqüentador dos cultos no Templo, com uma infância dirigida por preceitos santos, lamentavelmente, agora corre para a idolatria como se isso tivesse sido as regras da sua escola, os exemplos vistos. Note, pois, como são inúteis os meios da graça salvadora sem a unção do Espírito Santo, Vejamos: “Nos dois pátios do templo do SENHOR ele construiu altares para todos os exércitos celestes. 6 Chegou a queimar seus filhos em sacrifício no vale de Ben-Hinom; praticou feitiçaria, adivinhação e magia, e recorreu a médiuns e aos que consultavam os espíritos. Fez o que o SENHOR reprova, provocando-o à ira”. (v. 5-6).
Viveu como se a sua missão fosse a de arruinar a fé no verdadeiro Deus. Manassés teve uma excelente educação, e certamente o seu pai estaria esperançoso com relação a ele, mas a boa educação só é eficaz se Deus abençoa: (Salmo 127.1).
O filho parece que sente um ódio profundo contra a religião de seu pai. A Bíblia diz: “Reconstruiu os altares idólatras que seu pai Ezequias havia demolido, ergueu altares para os baalins e fez postes sagrados. Inclinou-se diante de todos os exércitos celestes e lhes prestou culto”. (v. 3).
Lançou por terra o que deu prestígio ao seu pai sobre os reis anteriores. As conseqüências do seu mau comportamento foram terríveis. Destruiu a adoração ao único e verdadeiro Deus, e em seu lugar levantou altares a todo tipo de ídolos e falsidade que viera à sua imaginação.


A Palavra diz: “Construiu altares no templo do SENHOR, do qual o SENHOR tinha dito: "Meu nome permanecerá para sempre em Jerusalém". 5 Nos dois pátios do templo do SENHOR ele construiu altares para todos os exércitos celestes”. (v. 4-5). “Manassés, porém, desencaminhou Judá e o povo de Jerusalém, ao ponto de fazerem pior do que as nações que o SENHOR havia destruído diante dos israelitas. 10 O SENHOR falou a Manassés e a seu povo, mas não lhe deram atenção”. (v. 9-10). Se há na história um rei da maldade, foi este homem; ele fez muito pior do que todos os outros reis. Não somente praticou a impiedade, fez pior sim, levou o povo a praticar as mesmas abominações, e em idolatria matavam seus filhos. Amou a heresia, bruxaria e adivinhação. Grande loucura. Não contente com a sua idolatria, assassinou os seus opositores: “Manassés também derramou tanto sangue inocente que encheu Jerusalém de um extremo ao outro; além disso, levou Judá a cometer pecado e fazer o que o SENHOR reprova”. (II Reis 21.16).

II. CASTIGO E CONVERSÃO DO REI MANASSÉS.
O castigo. A maldade do rei contaminou o povo: “Por isso o SENHOR enviou contra eles os comandantes do exército do rei da Assíria, os quais
prenderam Manassés, colocaram-lhe um gancho no nariz e algemas de bronze, e o levaram para a Babilônia”. (v. 11).
As bênçãos do Senhor estão atreladas à nossa obediência. Pecaram, foram exortados, não se arrependeram assim o Senhor trouxe contra eles o antigo inimigo de Judá e Jerusalém para castigá-los, e o relato termina com: “prenderam Manassés, colocaram-lhe um gancho no nariz e algemas de bronze, e o levaram para a Babilônia”. (v. 11). Ele foi cruel, e agora recebe crueldade de seus inimigos. Abusou da liberdade e foi posto na prisão. Maltratou as pessoas, e como recompensa, agora é maltratado.
A conversão. Em algumas ocasiões as calamidades na vida de uma pessoa, podem ser sinais de grande misericórdia. Observe a prova: “Em sua angústia, ele buscou o favor do SENHOR, o seu Deus, e humilhou-se muito diante do Deus dos seus antepassados”. (v. 12). Isto é o que chamaríamos de altura e profundidade da misericórdia de Deus. O homem cruel é trazido pela dor para ser transformado num homem bom. O salmista disse: “Foi bom para mim ter sido castigado, para que aprendesse os teus decretos”. (Salmo 119.71). Isto é, este tipo de aflição dá entendimento. Quando a serpente é pressionada expulsa para fora o veneno. O pecador quando afligido por Deus confessa seus pecados ocultos. E aqui vemos Manassés sob o peso das aflições confessando seus pecados: “Em sua angústia, ele buscou o favor do SENHOR, o seu Deus”. (v. 12). O cárcere lhe foi mais proveitoso que as comodidades do palácio. O cárcere da Babilônia foi a melhor escola de piedade, que os colégios de Jerusalém. Seremos tolos se nos queixarmos de nossas aflições. As adversidades não são para o conforto e sim para o nosso aperfeiçoamento. O que você deseja conforto ou aperfeiçoamento? O melhor remédio não é o mais gostoso, mas o que cura: “angústias.”
Tão logo Manassés “foi posto em angústias”. (v. 12), seu coração se acalmou, e recobrou o juízo. Os ensinos recebidos de seu pai foram despertados do sono e a luz divina resplandeceu em sua alma.
Notemos como foi a sua restauração: “Em sua angústia, ele buscou o favor do SENHOR, o seu Deus, e humilhou-se muito diante do Deus dos seus antepassados. 13 Quando ele orou, o SENHOR o ouviu
e atendeu o seu pedido e o trouxe de volta a Jerusalém e a seu reino. E assim Manassés reconheceu que o SENHOR é Deus”. (v. 12-13). Quando se conscientizou de seus erros e pecados, provavelmente reconheceu que se um dia chegou a ser rei e desfrutar de bens em abundância, foi pela simples razão de que Deus é o Deus de Israel, e como israelita, também o seu Deus. Assim que, se Deus não ganha os nossos corações com as suas bênçãos ou através dos justos meios de sua maravilhosa graça, então aplicara a vara do sofrimento sobre nós, e tão somente para a glória do seu nome.
Os frutos. Quando saiu de seu palácio era um homem vaidoso e arrogante, e agora volta sendo outra pessoa. Abandona, deixa para traz o tipo de vida que levava antes: “Depois disso ele reconstruiu e aumentou a altura do muro externo da Cidade de Davi, a oeste da fonte de Giom, no vale, até a entrada da porta do Peixe, em torno da colina de Ofel. Também pôs comandantes militares em todas as cidades fortificadas de Judá”. (v. 14). Antes usou os bens de seu governo para alimentar a sua maldade, mas agora trabalha para o bem estar e proteção do povo. Além disso, trouxe o povo para o caminho da verdade: “Manassés tirou do templo do SENHOR os deuses estrangeiros e a imagem que havia colocado lá, bem como todos os altares idólatras que havia construído na colina do templo e em Jerusalém; e jogou- os fora da cidade.” (v. 15). E o verdadeiro arrependimento começa abandonado a antiga vida pregressa que trouxeram nossa vergonha diante de Deus. O convertido renuncia o caminho do erro onde antes andava. A erva daninha deve ser arrancada antes de ser semeada a boa semente.

Se alguém diz que se converteu a Cristo, e continua em seus vícios e pecados, se confessa a Cristo como Salvador pessoal, mas não mostra uma vida transformada, sua confissão seria como palavras levadas ao vento. Notemos a ordem de um arrependimento exemplar: “Manassés tirou do templo do SENHOR os deuses estrangeiros e a imagem que havia colocado lá, bem como todos os altares idólatras que havia construído na colina do templo e em Jerusalém; e jogou-os fora da cidade. 16 Depois restaurou o altar do SENHOR e sobre ele ofereceu sacrifícios de comunhão e ofertas de gratidão, ordenando a Judá que servisse o SENHOR, o Deus de Israel.”. (v. 15-16). Primeiro tirou, e logo edificou. Desde o seu início a verdadeira conversão é evidenciada, seja derrubando o que está torto ou restaurando algo para Deus: “Restaurou o altar do SENHOR e sobre ele ofereceu sacrifícios de comunhão e ofertas de gratidão, ordenando a Judá que servisse o SENHOR, o Deus de Israel”. (v. 16).
Antes foi um mau exemplo aos outros, agora faz uma lei nacional de adoração e voltou-se para o seu Criador: “Ordenando a Judá que servisse o SENHOR, o Deus de Israel”. (v. 15-16).
“O povo, contudo, continuou a sacrificar nos altares idólatras, mas somente ao SENHOR, o seu Deus”. (v. 17). Quando é fácil seguir o que é errado, não será fácil deixá-lo. Será muito mais difícil voltar à pureza inicial. Quando a camisa foi manchada, será difícil recuperar a sua cor original.
Hoje vimos a história de uma conversão exemplar na vida do rei Manassés. Observamos sua apostasia, sua maldade e finalmente, o seu castigo e conversão.


CONCLUSÃO:
Amigo (a): Ouvindo a história do rei Manassés agora você não pode dizer que a porta do céu está fechada para você. Se a um grande pecador como foi o rei Manassés foi concedida ampla entrada no paraíso, muito mais a você. Por isso não perca a oportunidade
que hoje o Senhor coloca diante dos teus olhos. Este homem se entregou de todo o seu coração à idolatria, rendeu adoração aos demônios, assassinou muitas pessoas, degolou seus próprios filhos, durante anos endureceu o seu coração contra Deus, e ainda assim encontrou a porta do arrependimento. Com certeza você não é pior do que ele, e a graça de Deus não lhe é negada, muito pelo contrário, agora mesmo você está sendo convidado a que se converta a Cristo, e seja salvo por toda a eternidade.
Se você se arrepender de todo o teu coração não será desprezado; desprezado será todo aquele que se recusa a se arrepender de seus pecados. Portanto: “Se hoje ouvires a voz de Deus", não rejeite a salvação.

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