segunda-feira, 11 de maio de 2009

Viajando contra o vento

Posted on/at 07:31 by Pr. Carlos Jones

TEXTO: Mateus 14.22-27.
TEMA: Viajando contra o vento.

INTRODUÇÃO:

O Senhor prometeu cuidar dos que lhe pertencem. Jesus depois de ter saciado a fome da multidão no deserto, agora ajuda seus discípulos quando “o barco em que estavam era agitado pelas ondas, porque o vento soprava contra ele”. Eles obedientes a Jesus Cristo, seguiam para onde os enviava, com muita disposição e alegria. Agora Jesus manda que entrem no barco, enquanto Ele ficaria orando no Monte.
Um assunto surge com clareza: Quando o Senhor Jesus nos manda para algum lugar distante, é com o propósito de aproximar-nos mais Dele, para que o conheçamos melhor, sejamos mais confiantes e abençoados. As Palavras de Jesus, às vezes, podem parecer duras e difíceis de aceitar, mas a sua intenção é pura e cheia de graça.
A mensagem de Deus para nós: agora, no culto matutino: Viajando contra o Vento (vv. 22-27). No culto vespertino, Caminhando sobre as águas (vv.28-31).

I. A DESPEDIDA – (vv. 22-24).
O brilho aparece mais em uma circunstância de adversidade, o que parece ser difícil de obedecer mais digno de elogio será. A Bíblia diz: “Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia a multidão”. (v. 22). Jesus falou e sem perguntarem nada, prontamente se submeteram. Ninguém se torna um verdadeiro discípulo até que sob as ordens de Cristo renuncie a sua própria vontade. Não questionaram nada, Jesus falou e fizeram. A imagem é de cordeiros fiéis. Notemos o contraste com a multidão: “Tendo despedido a multidão”. (v. 23). Foi necessário despedir a multidão, ou argumentar. Os discípulos buscam agradar Jesus, a multidão pensa com a mente do mundo: “Sabendo Jesus que pretendiam proclamá-lo rei à força, retirou-se novamente sozinho para o monte”. (João 6.15). A reação de Jesus a intenção da multidão, e o que mandou os discípulos fazerem mostra, que:
É preferível a solidão com Deus, a fama, vantagens e popularidade que o mundo oferece.
Jesus foi um homem de oração. A devoção de Jesus ao Pai Celeste o levou a afastar-se de todos: “Tendo despedido a multidão, subiu sozinho a um monte para orar”. (v. 23). A maneira como Jesus agiu nos ensina que devemos evitar qualquer coisa que possa nos impedir de orar. Quando falamos com Deus, devemos deixar a mente livre de qualquer perturbação. O quadro é consolador, pois o Senhor Jesus Cristo ora por nós quando não estamos em condições de orar por nós mesmos, ou quando estamos em uma condição em que as nossas orações não seriam aceitas. Além do mais, se o mundo procura nos assediar com as suas vantagens, devemos multiplicar nossas orações. Quando esteve aqui na terra Jesus orava por nós, muito mais agora intercede por nós nos céus.
A Bíblia diz: “Ao anoitecer, ele estava ali sozinho, 24 mas o barco já estava a considerável distância da terra, fustigado pelas ondas, porque o vento soprava contra ele.” (v. 23-24).
Os discípulos no mar, Cristo no Monte. Enquanto o Senhor Jesus orava, as ondas se levantaram contra a pequena embarcação. Os olhos de Jesus contemplavam cenas diferentes, de um lado a glória do Pai em oração, e de outro os discípulos em dificuldades. Os olhos do Senhor estão sobre cada crente que esteja sendo sacudido pelas ondas assustadoras do mundo. Jesus sabia o que aconteceria aos discípulos por serem obedientes à sua palavra, o perigo de morte no mar, mesmo assim os enviou. Jesus Cristo poderia ter evitado estes perigos, mas em sua sabedoria permitiu que os discípulos enfrentassem os fortes ventos contrários, e assim foi glorificado em sua misericórdia livrando-os com o seu poder. O fiel confia e obedece ao que Cristo mandar, mesmo em situações de extremo perigo e perturbação.

II. A TEMPESTADE - (vv. 25-27).
Os discípulos estavam no meio da mais densa escuridão da noite, as ondas do mar agitadas, e os ventos eram contrários. Ainda não tinham visto o poder de Cristo em
uma situação como aquela, não estavam certos de Sua onipotência, parece que ainda não conheciam o supremo poder de Jesus; ou talvez imaginassem como Marta que, se Jesus estivesse com eles a situação se resolveria. Agora as circunstâncias não eram boas, entraram no barco desprovidos e sem Jesus para ajudá-los: “o barco já estava a considerável distância da terra, fustigado pelas ondas, porque o vento soprava contra ele”. (v. 24). Em uma situação assim, Deus quer que a nossa fé triunfe e o Seu Nome seja glorificado.
Lutaram com todas as suas forças para sobreviver, e quase já de madrugada veio o livramento: “Alta madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar”. (v. 25). Jesus estava ensinando-lhes a esperar na providência divina para casos extremos; para que desse modo a fé que eles tinham fosse aperfeiçoada, e logo estariam alegres com o livramento daquela situação.

Uma grande adversidade é uma boa ocasião para a intervenção do Senhor. As muitas aflições servem como sinal de abundância de alegria para os que amam o Senhor Jesus Cristo. Leio: “Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar”. (v. 25). O Criador da natureza venceu o vento, e caminhou sobre as águas. A beleza desta passagem está na aparição de Jesus. Ficamos maravilhados de seu poder.
O barco já estava a considerável distância da terra, fustigado pelas ondas, porque o vento soprava contra ele... Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar”. (v. 22, 24-25). Quando parece que o Senhor Jesus é indiferente conosco, é porque o seu coração está trabalhando mais para mostrar a sua glória, e vendo-a, sejamos transformados. Há momentos em que o Senhor age como aquela mãe que diante do choro de seu bebê se distancia para preparar-lhe a mamadeira. Podemos imaginar o Senhor Jesus vendo os discípulos lutando contra as ondas do mar, e esperando o momento adequado para ajudá-los. Jesus não despreza os que são seus, mas sempre encontra uma maneira de nos ensinar a confiar Nele.
Tiveram medo. “Quando o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram: “É um fantasma.” (v. 26). A maneira como Jesus apareceu os perturbou. Certamente que nada daria mais prazer aos desesperados discípulos do que ver o Senhor Jesus Cristo, porém ao contrário do que se esperava ficaram perturbados. O quadro nos faz ver que quando olhamos as obras de Deus, podemos facilmente ter uma má impressão, devido a nossa natureza pecaminosa. Por exemplo, se alguém olhar para os raios do sol, fica momentaneamente cego. Essa é a nossa realidade, não temos como responder adequadamente ao nosso
Criador. Somos espiritualmente miseráveis: Duvidamos facilmente da verdade, suspeitamos de nossos melhores amigos. O texto bíblico é uma prova disso.
Por que estavam perturbados? Porque “Quando o viram andando sobre o mar, pensaram que fosse um fantasma. Então gritaram”. (Marcos 6.49). Vemos que os apóstolos também foram homens fracos e com uma dose de superstição, porque fantasmas não existem. Mesmo em bons crentes se encontram lacunas de ignorância. Não é difícil tirar conclusões precipitadas a ponto de ficarmos atemorizados como fruto da nossa imaginação. Muitos de nossos sofrimentos surgem quando permitimos a entrada de informações sem fundamento em nossas mentes, ou porque a superstição inundou o nosso entendimento. Uma informação falsa pode causar pavor. O desconhecido ou imprevisto, ainda que seja algo bom, nos assusta. E alguns chegam a ficar arrepiados, e sentem calafrios.
Irracionalidade. Não havia razão alguma para o medo, porque mesmo que fosse um fantasma não lhes fez nenhum mal. Se tivessem visto com fé como viu o servo do profeta Eliseu teriam ouvido esta voz do céu: "Não tenha medo. Aqueles que estão conosco são mais numerosos do que eles". (II Reis 6.16). A nossa imaginação pode nos governar. Somos fracos! Agora, devemos lembrar que a fé dos discípulos ainda estava em formação e foram surpreendidos pela aparição, no meio de uma tempestade e com pensamentos de insegurança.
O fato é que uma fé fraca poderá nos colocar em muitos problemas sem fundamento algum, e pode até apagar da memória as boas experiências, pois os discípulos disseram em outra ocasião: “Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome". (Lucas 10.17).
Mas agora vendo em sua imaginação um suposto fantasma ficam cheios de medo.
A consolação. “Mas Jesus imediatamente lhes disse: "Coragem!" Sou eu. Não tenham medo!" (v. 27). As palavras de Jesus sempre são ditas na hora certa. Se ao fazer a vontade do Senhor Jesus você se meter em apuros, certamente Jesus virá para te livrar e consolar, mas no tempo certo e não na hora que você queira. Só uma palavra de Jesus basta para nos acalmar: "Coragem! Sou eu”. Suas palavras nos consolam. É a palavra de Jesus que torna a sua presença agradável, não necessariamente os seus milagres. No meio de tanta confusão em nossos dias, gastemos mais tempo buscando a Sua palavra, oremos como Samuel: “Senhor, fala, porque o teu servo ouve”. (I Samuel 3.10).
Nesta passagem bíblica vemos o quadro dos discípulos de Jesus viajando contra o vento: Jesus despede seus discípulos, e eles fazendo a sua vontade entram no barco e enfrentam uma tempestade, sentem muito medo e imaginam coisas assustadoras, e Jesus os consola.

Conclusão:

Se você já é um crente em Cristo: Procure se esforçar para exercer corretamente a sua fé. Quando Golias estava no exército filisteu os israelitas se preparavam para guerrear com valentia, mas quando o gigante Golias apareceu, tremeram de medo. Sabemos que o mundo jaz no maligno e que os ares estão infestados de demônios, e não lhes damos importância, mas quando percebemos a presença de um deles sentimos medo. Ore ao Senhor e peça que abra os seus olhos e te faça consciente do que realmente está acontecendo, e te dê graça para resisti-lo.

Faça também tua esta exortação: “Afastem-se de toda forma de mal”. (I Tessalonicenses 5.22).
Se você ainda não é um crente: Se você não se arrepender, você passará a eternidade, não com fantasmas, mas com o diabo e os seus demônios. Neste mundo você jamais verá fantasmas, mas assim que você partir para a eternidade estará para sempre na companhia do diabo e seus seguidores, e será atormentado para todo o sempre. Fantasma não existe. Se um fantasma imaginário te dá medo, os demônios te aterrorizarão para sempre.
Ouça o que Jesus dirá que façam com você se você não se converter: “Amarrem-lhe as mãos e os pés, e lancem-no para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes''. (Mateus 22.13). Não se demore mais, venha agora mesmo ao Senhor Jesus Cristo, pedindo perdão para os seus pecados e a salvação eterna.

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